A cidade de Belém, capital do Pará e porta de entrada para a Amazônia brasileira é também, neste ano, a capital global do clima, por sediar em novembro a COP 30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. Com os olhos do mundo voltados para lá, a cidade sedia também a 2ª edição da Bienal das Amazônias, que reúne 74 artistas e coletivos de oito países pan-amazônicos e caribenhos que mostram seus trabalhos até 30 de novembro.
Inaugurada em 27 de agosto, no Centro Cultural Bienal das Amazônias, centro histórico da capital paraense, a jovem bienal já é apontada com um dos eventos de arte contemporânea mais relevantes do país e do Sul Global, ao deslocar a atenção do mundo da arte para além dos eixos culturais dominantes.
A curadoria geral é da equatoriana Manuela Moscoso, radicada no Brasil, que se apoia em uma estrutura colaborativa, com a colombiana Sara Garzón como curadora-adjunta, o paraense Jean da Silva na programação pública e a mexicana Mónica Amieva na curadoria pedagógica. Juntos, formam uma equipe internacional que amplia os diálogos e a dimensão experimental do evento.
A idealização e coordenação da Bienal é obra de Lívia Condurú, que em declaração à revista Arte!Brasileiros, afirmou que vê a Bienal das Amazônias como voz ativa neste momento em que a COP 30 se aproxima. Para ela, a Amazônia não pode ser tratada apenas como pano de fundo para debates climáticos, mas precisa ser vista como território vivo, político e cultural. “Aqui discutimos mineração, petróleo, extrativismo, mas também inventamos saídas. Acreditamos nas micropolíticas, em pequenas ações coletivas que, somadas, viram armas de resistência. A Bienal dá visibilidade a isso”.
A programação e todas as informações sobre a Bienal das Amazônias está no site do evento, que você encontra aqui.





