O Brasil está no centro das atenções na Bienal de Veneza, o mais importante evento de arte do mundo, sob coordenação inédita de um brasileiro e latino-americano: Adriano Pedrosa, que é curador-chefe do MASP. A exposição segue em cartaz até novembro de 2024 apresentando pavilhões de 90 países e 331 artistas escolhidos por Pedrosa, que orientou sua escolha pela diversidade geográfica e de gênero.
Chamou a atenção do mundo da arte a grande presença de obras de artistas mortos – cerca de 55% dos participantes. Os brasileiros incluem Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Cândido Portinari, o que para Pedrosa é um ato político e contemporâneo, na medida em que a escolha os apresenta para novas gerações e para países em que não são conhecidos (leia mais na Forbes).
O título da Bienal também carrega uma alta dose de política: com Foreigners Everywhere, Pedrosa alude à crise migratória da Europa. À imprensa, ele tem dito que o conceito de estrangeiros abarca também pessoas queer, forasteiros e indígenas.
Tanto que o Pavilhão do Brasil foi composto exclusivamente por obras de artistas indígenas, selecionadas também por curadores indígenas: Denilson Baniwa, Arissana Pataxó e Gustavo Caboco Wapichana. A exposição chamada Ka’a Pûera: Nós somos pássaros que andam destaca artistas oriundos dos povos indígenas litorâneos e obras com sua perspectiva sobre o Hãhãwpuá – como o povo Pataxó chama o território brasileiro. O Nexo fez uma matéria destacando o pavilhão.
Já o site Arte que Acontece destacou a participação dos artistas queer, como a brasileira Manauara Clandestina. No site, é possível ver uma coleção das obras participantes com esta temática.
Na matéria do Jornal Nacional, é possível ter um gostinho desta Bienal.