O mercado internacional de arte cresceu em 2022, há mais diversidade na aquisição de obras feitas por mulheres e aposta crescente na compra de NFTs. Além disso, o Brasil é destaque no aumento do número de feiras de arte. Essas são algumas das conclusões do estudo feito pelo banco suíço UBS em parceria com a economista cultural Clare McAndrew e com a feira Art Basel, que monitora semestralmente o movimento do mercado nos 11 países que concentram o maior volume de transações, acompanhando um seleto – e milionário – grupo de 2.700 investidores e colecionadores.
Segundo a Folha de S. Paulo, o investimento médio no primeiro semestre de 2022 foi de US$ 180 mil, superando os US$ 100 mil de antes da pandemia. O dado mais significativo é que 1 em cada 5 colecionadores comprou mais de U$ 1 milhão em obras nesse período, um aumento de 12% em relação a 2019.
O movimento de exportações e importações de arte e antiguidades também cresceu, com incremento médio de 40%, revelando uma tendência de maior trânsito internacional de obras. E a diversificação dos investimentos foi marcada por uma presença maior de artistas mulheres nas aquisições. Foram 58% de trabalhos feitos por artistas homens e 42% de autoras mulheres.
Os suportes mais tradicionais, como pintura em tela, papel ou esculturas continuam dominando o cenário. Mas há uma tendência de aumento na compra de arte digital, que já responde por 15% das compras. Dentro desse universo, 9% das obras estão associadas às NFTs (Non-fungible token), mostrando novos caminhos para o investimento em arte contemporânea. Nesse campo, o Brasil se destaca com a maior proporção de investidores que buscam arte digital para suas coleções.
A América do Sul, e o Brasil em especial, registrou um aumento significativo de novas feiras de arte. Em nosso país, só São Paulo teve quatro feiras neste ano, enquanto Estados Unidos e Europa viram o número de feiras despencar, com maior relevância para compras online.
A pesquisa completa está disponível para download aqui.
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